Análise da revista britânica The Economist, publicada na quarta-feira (2) diz que “Investidores estão cada vez mais otimistas com a economia do Brasil”.
De acordo com a revista, após os primeiros seis meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o otimismo de investidores globais com o país cresceu.
Entre os fatores mencionados pela publicação, estão um “ministro da Fazenda eficiente”, em menção à aprovação crescente de investidores a Fernando Haddad, o avanço das reformas tributária e fiscal que o próprio Haddad ajudou a emplacar e, também, um pouco de sorte — já que “a melhora da riqueza no Brasil é, em parte, resultado de coisas que fogem do controle de Lula”.
“Várias políticas do governo Lula também animaram os investidores”, diz o texto da Economist.
“Muitos economistas creditam a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. É ele que está por trás das duas grandes reformas que podem ajudar a estabilizar o Brasil.”
Sobre o novo marco fiscal, já aprovado no Congresso e aguardando a última apreciação dos deputados, a Economist diz que o projeto deve “substituir um teto de gasto rígido, que foi repetidamente furado, por uma regra flexível” e que tende, “ao longo do tempo, a estabilizar a dívida pública do Brasil”.
Quanto à reforma tributária, a publicação diz que ela é “muito necessária” e destaca a complexidade do sistema atual:
“Atualmente, o governo federal, os 27 estados e os mais de 5.000 municípios definem seus próprios tributos. Em 2019, o Banco Mundial estimou que as empresas perdem 1.500 horas por ano para cumprir a legislação tributária brasileira, comparado a uma média mundial de 233 horas.”