O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pedir “comemorações devidas” ao golpe de 1964, que resultou na ditadura militar (1964-85). E nesta tarde, uma das autoras do impeachment de Dilma, a agora deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), criticou o retrocesso do presidente:
“Ele não consegue sair de 64 e as coisas não caminham bem. Não é possível que o Presidente não perceba que não dá para governar com a cabeça em 64!”. Janaina Paschoal (PSL-SP).
Do mesmo partido de Bolsonaro, Janaina foi cotada para ser vice de sua chapa nas eleições, mas concorreu como deputada estadual. E foi a mais votada da história do país para este cargo. E para ela, Bolsonaro estaria repetindo ações da petista:
“Dilma ficou parada em 64 e deu no que deu! Agora, ao que parece, Bolsonaro também não consegue sair de 64 e as coisas não caminham bem. Percebam que eu nem estou entrando no mérito das convicções de cada qual. A meu ver, ambos têm uma visão distorcida, mas isso não importa!”. Janaina Paschoal.
A derrota que o Governo teve no Congresso, ontem, é perigosíssima! Não é possível que o Presidente não perceba que não dá para governar com a cabeça em 64! Podem atacar, podem xingar, podem dizer que estou criticando o Presidente, etc, etc, etc….
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 27 de março de 2019
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão disse que a solicitação de Bolsonaro para comemorar o golpe é “revestida de enorme gravidade constitucional”.
Segundo o órgão, usar a máquina pública para defender e celebrar crimes pode ser caracterizado como ato de improbidade administrativa. O Exército confirmou as comemorações e mencionou que se trata de um “fato histórico”.