Dados pesquisados por consultorias de mercado no País revelam que a crise econômica fez crescer o número de brasileiros que concluíram a faculdade, mas que hoje ocupam funções que não exigem formação superior.
Os diplomas foram parar nas gavetas por que não há empregos e os que aparecem são vagas muito menos qualificada, o que indica o subemprego para o profissional formado.
Uma pesquisa da agência de recrutamento de executivos Robert Half tabula que 92% dos desempregados com graduação aceitariam retornar ao mercado por salário e posição inferiores.
Ainda assim, as oportunidades são escassas em meio a um universo de 13 milhões de desempregados. O índice pontado na pesquisa da agência é considerado o alto da história do levantamento, que já tem 8 edições.
Há no País, na atualidade, jovens formados em Direito dirigindo Uber, gari, vendedor de churrasquinho de gato, garçom e soldado de polícia.
Para complicar ainda mais a situação, a consultoria Pnad Contínua diz, em levantamento nacional, que os trabalhadores mais jovens de agora são os mais prejudicados nas relações do trabalho. Sofrem com assédio moral e ameaças constantes de perda das funções no subemprego.
Outra Consultoria a iDados afirma que de 17 milhões de trabalhadores formais ou informais graduados, 5,2 milhões estavam em subemprego no trimestre encerrado em junho.
Os números vêm numa crescente, uma que antes da recessão, em 2014, eram 3,2 milhões de graduados.
Mas, o pior de tudo, segundo dados do IBGE, é que 12,6 milhões de pessoas estão desesperadamente procurando emprego no país.