O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) deu o mandato do deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) ao suplente, o economista e ex-deputado Luiz Carlos Hauly.
O julgamento terminou com apenas noves votos porque o ministro Kassio Nunes Marques não participou.
Ele disse que estava sem internet.
“O ministro Nunes Marques estava em uma região do País em que a conexão de internet é instável e não conseguiu participar da votação”.
Conduta rara entre os ministros, a ausência de Marques não é comum nem para ele mesmo, que tem votado em temas de grande repercussão, como nas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os radicais envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro – e apontado so STF por Jair Bolsonaro, normalmente vota seguindo a ideologia de seu presidente.
Mas o julgamento que definiu o destino do mandato do ex-procurador da Lava Jato, que frustrou os planos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não teve voto de Marques.
O PL queria cadeira deixada por Dallagnol. A posição contraria o que havia decidido o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que após uma recontagem dos votos anunciou o pastor Itamar Paim (PL) como substituto.