
Primeiro vieram as reclamações da comunidade. Depois, o laudo confirmativo do Instituto do Meio Ambiente (IMA). A água fornecida pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) à população de Murici é de péssima qualidade e imprópria para o consumo humano.
De acordo o resultado dos exames laboratoriais solicitados ao IMA pela Defensoria Pública de Alagoas, a água bruta, colhida do Rio Cachoeira, apresentou altos níveis de coliformes fecais e possui características de esgoto. Já a água tratada pela Casal, de acordo com amostras colhidas nas torneiras de saída da Estação de Tratamento (ETA/Casal) e da cozinha da Creche Extensão Madre Leone, apresentaram coliformes totais, ferro total e turbidez acima dos valores máximos permitidos pelo Ministério da Saúde, informa a Defensoria.
“O laudo técnico, minuciosamente elaborado pelo IMA/AL, nos trouxe relevantes considerações a respeito da qualidade da água ofertada pela Casal a uma boa parte das residências de Murici, pois concluiu que realmente a população local estava com a razão acerca da péssima qualidade da água fornecida, aliás, absolutamente inviável para o consumo humano”, destaca o Defensor Público Isaac Vinícius Costa Souto.
Com base nesses laudos, ele ajuizou ação civil pública contra a Companhia de Saneamento exigindo que ela passe a ofertar água de qualidade para consumo humano no município de Murici. Para o defensor, a situação de abastecimento é caótica, principalmente nos conjuntos habitacionais Pedro Tenório Raposo, Olavo Calheiros I e II, e outras localidades da parte alta da cidade.
Há relatos de moradores, segundo Defensoria, de que baixa qualidade da água tem provocado problemas econômicos e de saúde, já que muitas famílias precisam comprar água mineral para o consumo humano e cozimento de alimentos, e aquelas que não dispõem de condições financeiras acabam consumindo a água contaminada, expondo-se ao risco de contrair doenças.
VERSÃO DA CASAL