7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Líder de caminhoneiros afirma que situação é pior que em 2018: ‘Governo não fez nada’

Greve do dia 1º de novembro deve poupar caminhões que carregam insumos hospitalares, tendo em vista a pandemia da Covid-19

Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, é um dos principais entusiastas da paralisação prevista para o dia 1º de novembro. Líder da greve dos caminhoneiros em 2018, ele afirma que a situação está pior do que no governo Michel Temer e que a proposta de fixação do ICMS nada mais é do que “transferência de responsabilidade”.

Também o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Landin acusou o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista ao site Metrópoles, de ser “negacionista” em relação às demandas dos caminhoneiros por causa do aumento no valor dos combustíveis nas refinarias.

“Fazemos reivindicações da categoria há três anos, e o governo não fez nada. A categoria está no limite”. Wallace Landim, o presidente da Abrava.

Segundo Chorão, o objetivo da greve é “lutar pela nossa sobrevivência, porque temos a informação de que a gasolina ia subir mais 8% até dezembro. Eles [não estão preocupados com o trabalhador, são negacionistas”, que diz ter sido ineficaz a proposta do governo que muda cobrança do ICMS nos combustíveis.

“É nada mais do que transferência de responsabilidade para os governadores. Não vai adiantar a longo prazo”. Wallace Landim.

Em 2018, quando os caminhoneiros fizeram a primeira grande greve no Brasil, hospitais registraram falta de insumos, o que prejudicou cirurgias e procedimentos.

Agora, em meio à pandemia da Covid-19, Chorão afirmou que caminhões que carregam insumos hospitalares poderão furar a paralisação.