Em entrevista hoje ao Grupo Bandeirantes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), negou que relação com o governo Lula esteja abalada e classificou como “especulação” os rumores de um rompimento, como relatado anteriormente.
Apesar disso, Lira destacou a necessidade de melhorar a articulação política do governo, com maior protagonismo de toda a base, e não apenas do PT, para que se continue trabalhando em conjunto com o Palácio do Planalto.
“Eu não seria irresponsável, como presidente da Câmara, de romper com o governo”.
Lira também abordou a possibilidade de instauração de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara dos Deputados ainda esta semana. As CPIs terão como objetivo investigar invasões de terra, o escândalo de manipulação no futebol e o rombo nas Americanas.
“O governo está muito internalizado no PT, e não abrem mão de articulação na base aliada. Enquanto o governo não se posicionar em fazer com que as coisas aconteçam com mais fluidez, enquanto permanecer trancado, cada um querendo ser dono de um quinhão querendo mostrar mais atividade perante o presidente da República, as coisas não vão andar”;
Em relação ao Projeto de Lei das Fake News, Arthur Lira criticou as plataformas como o Google e o Telegram, alegando que elas “ultrapassaram limites” ao agir contra o Legislativo.
Segundo o presidente da Câmara, a pressão exercida por essas empresas “pressionou” e “interferiu” nos juízos dos deputados em relação ao texto do projeto. De acordo com Lira, atualmente não há clima político para votar o projeto, e a votação só deve ocorrer quando for claro para todos que não há censura no projeto.
Arthur Lira recebeu o jornalista Claudio Humberto na residência da Presidência da Câmara, em Brasília, e contou com a participação de Thays Freitas e Pedro Campos, que estavam em São Paulo.