20 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Expresso

Lira cobra respeito após ser vaiado em evento em Maceió; Lula fica ao seu lado

Presidente da República tentou conter vaias contra o presidente da Câmara

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, foi vaiado hoje (10) durante seu discurso em Maceió. E não gostou nenhum pouco. Ele estava em evento que contou com a presença de Lula (PT) para a entrega de 914 apartamentos do Conjunto Residencial Parque da Lagoa.

Lira, à frente de um Congresso comandado por um centrão sedento por emendas parlamentares, foi vaiado antes mesmo de abrir a boca. Ele havia subido ao palco após o discurso do prefeito JHC (PL) e já foi alvo do público.

“Eu duvido que um morador que seja atendido por essas casas esteja vaiando hoje. Isso é uma falta de respeito. Isso é uma falta de respeito”, disse ele, que foi prontamente defendido por Lula. O petista fez questão de ficar ao lado do líder do centrão, para tentar conter as vaias, gesto que costuma ser repetido em diversas cidades por onde o presidente passa.

Lula já havia defendido Lira ontem, em evento para o Canal do Sertão no interior de Alagoas.

Ainda assim, Lira mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo menção ao ao governo do ex-presidente quando elencou os governos que tocaram a obra do Minha Casa, Minha Vida em Maceió. Destacou ainda o trabalho de seu pai, Benedito de Lira, que já foi senador e também buscou recursos desde 2015. Esse projeto havia sido protocolado ainda no governo Dilma

“Ninguém entregou mais casas em Alagoas do que o senador Benedito e o deputado Arthur Lira, afirmou o presidente do Congresso, dizendo que a função do parlamentar é trabalhar pelo seu estado, independente dos aplausos e vaias,

O evento contou ainda com a participação do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e do ministro dos Transportes, Renan Filho, senador licenciado e ex-governador do estado, filho do senador Renan Calheiros (MDB), maior desafeto de Lira, e que não esteve no evento.

Lula

Lula também criticou a postura da plateia , classificando o ato como institucional. “Aqui é um ato que não tem partido político. Não é um ato que a gente vai fazer a disputa na eleição. Vai ter o momento que eu vou viajar algumas cidades para apoiar um candidato. A gente não vai estar junto em todos os lugares, mas a gente precisa apresentar a respeitar o ato quando é institucional”, disse ele.

“Sei da divergência que existe entre os partidos políticos aqui. Nós só temos 70 deputados e a Câmara tem 513. Não tivemos um único projeto do governo derrotado, todos foram aprovados”, afirmou Lula, dizendo que a reforma tributária e outros projetos tiveram apoio de Lira e dos líderes partidários.