17 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Lira reage a STF com a PEC que limita poderes da justiça

Presidente da Câmara expôs contrariedade com a corte que barrou a emenda Pix, considerada recurso sem transparência

Depois que o Supremo Tribunal Federal decretou a inconstitucionalidade da emenda Pix, em decisão unânime, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) tratou de colocar em tramitação a PEC a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que limita os poderes da corte suprema.

Lira encaminhou a PEC, nesta sexta-feira (16), para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A Proposta  limita decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outros tribunais superiores. A PEC foi aprovada no Senado em novembro do ano passado e estava aguardando o início da tramitação na Câmara.

Após passar pela CCJ, a proposta terá que ser aprovada em dois turnos no plenário da Câmara.

A PEC 8/2021 proíbe decisões monocráticas que suspendam a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral, ou que suspendam atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados. Também ficam vetadas decisões monocráticas com poder de suspender a tramitação de propostas legislativas, que afetem políticas públicas ou criem despesas para qualquer Poder.

As decisões monocráticas são aquelas tomadas por apenas um magistrado. Trata-se de uma decisão provisória, que precisa ser confirmada pelo conjunto dos ministros da Corte.

Na manhã de hoje, o STF confirmou as decisões provisórias do ministro Flávio Dino, que suspendem a execução de diferentes tipos de emendas feitas por parlamentares ao Orçamento da União, incluindo as impositivas individuais e de bancada dos estados, cuja execução seria obrigatória. Também foram suspensas as chamadas “emendas Pix”, que permitem a transferência direta a estados e municípios por indicação individual de parlamentar sem que seja necessário vincular a verba a projeto, programa ou convênio específicos. Isto é, sem qualquer transparência, nem rastreabilidade.

Com Agência Brasil