Faltando 72 horas para o dia da posse, o presidente eleito Lula fechou seu ministério. A lista possui 37 nomes que vão compor o novo governo e, nesta quinta (29) foram anunciados os últimos 16 que faltavam.
Com isso, o ex-governador de Alagoas e senador eleito, Renan Filho (MDB) foi confirmado ministro dos Transportes. Também entre os nomes esperados, confirmados hoje, estão a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o Planejamento e Orçamento e Marina Silva (Rede) para o Meio Ambiente.
Os investimentos geram uma série de efeitos multiplicadores. Para mim, uma boa e moderna infraestrutura de transporte é a base para retomar o crescimento econômico, a geração de empregos e o desenvolvimento social. É essa a tarefa agora e todo o meu esforço será para honrá-la.
— Renan Filho (@RenanFilho_) December 29, 2022
Confira a lista dos 16 nomes, que contou ainda com algumas surpresas com nomes do MDB, PSD e União Brasil:
- Agricultura: senador Carlos Fávaro (PSD-MT)
- Cidades: empresário Jader Filho (MDB)
- Comunicações: deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA)
- Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
- Esportes: ex-jogadora de vôlei Ana Moser
- GSI (Gabinete de Segurança Institucional): general Gonçalves Dias
- Integração e Desenvolvimento Regional: governador Waldez Góes (PDT-AP)
- Meio Ambiente: deputada eleita Marina Silva (Rede-SP)
- Minas e Energia: senador Alexandre Silveira (PSD-MG)
- Pesca e Aquicultura: deputado André de Paula (PSD-PE)
- Planejamento e Orçamento: senadora Simone Tebet (MDB-MS)
- Povos Indígenas: deputada eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP)
- Previdência Social: ex-ministro Carlos Lupi (PDT)
- Transportes: senador eleito Renan Filho (MDB-AL)
- Turismo: deputada Daniela de Waguinho (União Brasil-RJ)
- Secom (Secretaria de Comunicação Social): deputado Paulo Pimenta (PT-RS)
Com uma frente ampla em torno de seu nome na eleição, Lula teve de incluir também as chamadas “cotas parlamentares” em seu governo, para facilitar a relação com o Congresso.
Até mesmo partidos como o União Brasil, de oposiçã ao PT, ganharam seu espaço, e MDB de Renan Calheiros e PSD, que apoiaram parcialmente a chapa de Lula, conseguiram uma barganha maior.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), líder do partido do Senado e um dos articuladores do acordo, participou da cerimônia que apontou nomes do UB.
No MDB, a consolidação de duas pastas de orçamento robusto, além do Planejamento, pode ser considerada uma vitória, pois conseguiu transformar a indicação de Tebet em “cota pessoal” de Lula.
Alguns aliados, como o Solidariedade e PV, acabaram não sendo contemplados ou tiveram uma participação menor do que a almejada, como o PSOL.