19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Lula aprova pacote de Haddad para reduzir preço de carros populares

O programa de carros populares vai ficar em vigor até que as taxas de juros caiam.

Lula determina ao Gabinete Civil para implementar o programa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou nesta quinta-feira, 1º, o pacote de estímulo à produção de carros populares, segundo informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro foi ao Palácio do Planalto para apresentar o programa elaborado por sua equipe e que será discutido com a Gabinete Civil, para a a implementação.

O ministro não informou a data de lançamento. Segundo ele, a data dependerá da agenda do presidente Lula e da superação de entraves burocráticos, como pareceres da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Ele, no entanto, adiantou que espera que a Casa Civil conclua a análise da medida provisória na segunda-feira (5).

Haddad apenas disse que o programa durará “em torno de quatro meses” e explicou que a redução temporária de impostos não trará impacto para os cofres públicos porque a fonte de financiamento está definida.“Nós fechamos um entendimento. Ficou um desenho bom para o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], bom para a Fazenda. Os dois ministérios estão muito bem contemplados”, disse Haddad ao retornar do Planalto.

De acordo com ele, o pacote vigorará até que os juros comecem a cair no Brasil. “Essa é uma questão limitada aos próximos meses para que não haja demissões. Sobretudo há uma preocupação muito grande com o emprego na indústria automobilística e em toda a cadeia [produtiva]. É uma coisa temporária, com valor definido e tempo definido”, explicou o ministro.

Segundo Haddad, Lula validou a fonte de recursos para financiar o programa. De acordo com ele, o impacto final da renúncia de impostos será inferior aos R$ 2 bilhões inicialmente anunciados e será integralmente compensado. “O impacto não só não chega aos R$ 2 bilhões como está mais compensado pelas medidas que levei ao presidente da República”, declarou.