Depois de vetar recursos de partes de emendas parlamentares dentro do Orçamento para 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora pretende ir ao Congresso dizer por que vetou.
Isso por que o veto feito no Planalto atingiu em cheio ministérios comandados pelos partidos do Centrão, bloco político comandado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP).
O corte do orçamento foi na ordem de R$ 5,6 bilhões, atingido sobretudo as chamadas emendas de comissão, que, segundo líderes do Congresso, serão usadas para acordos políticos que fortalecem as cúpulas da Câmara e do Senado.
As pastas que mais sofreram perdas dessas emendas foram Comunicações, Turismo, Esporte, Integração e Desenvolvimento Regional. Lá estavam recursos enviados por deputados e senadores do Centrão para obras e projetos em seus redutos eleitorais.
Os titulares desses ministérios foram indicados por Lira e pelo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Diante disso, o petista desencadeou uma operação para evitar a eclosão de uma nova crise com o Congresso Nacional, que retorna do recesso em fevereiro e já vem se queixando de outras ações tomadas recentemente pelo Executivo.
Alas da União Brasil e do PP fizeram parte da base de Jair Bolsonaro (PL) e negociaram apoio a Lula após o petista abrir espaço no primeiro escalão a esse grupo político.