O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a ativista Anielle Franco, irmã da vereadora carioca assassinada Marielle Franco, como a futura ministra da Igualdade Racial.
Em reunião com o próximo presidente, na noite de ontem (21), Anielle formalizou o processo de nomeação, que deve ser oficializado hoje. A pasta ainda precisa ser criada, pois não existe no governo Jair Bolsonaro (PL).
É esperado que em pronunciamento na sede do governo de transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), Lula anuncie a maioria de seus ministros, conforme antecipou o futuro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
A nomeação de Anielle para a pasta não era certa, pois teria enfrentado resistência da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que deseja ter uma ex-colega de trabalho na estatal Itaipu Binacional no comando da pasta das Mulheres.
A ativista então passou a ser cotada para assumir a Igualdade Racial e, nas últimas semanas, desbancou o sociólogo petista Marvs Chagas, secretário de Planejamento do território e Participação Popular da Prefeitura de Juiz de Fora (MG).
Anielle passou a contar mais recentemente com o apoio de setores dos movimentos antirracistas, como a Coalizão Negra por Direitos.