19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Lula na ONU combate desigualdade social e pede a indignação do mundo contra a fome

Presidente disse que a ONU como construtora de um mundo mais justo precisa ter coragem para proclamar sua indignação contra a desigualdade

Lula cobra ação da ONU para combater a fome de 735 milhões de pessoas no mundo

Na defesa da redução da desigualdade social no mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso na ONU interrompido por palmas 5 vezes, de uma plateia composta por líderes mundiais, neste 19 de setembro, em Nova York, nos Estados Unidos..

Lula disse que a ONU precisa cumprir o seu papel como construtora de um mundo mais justo, mais solidário e fraterno. “Mas só fará se os membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar para superá-la”, destacou.

Lula fez a abertura da sessão da ONU e fez um discurso de cerca de 15 minutos, onde destacou a necessidade de apoio dos países no combate à crise climática, falou da importância das democracias, da liberdade de imprensa e a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da ONU, onde o Brasil busca uma cadeira permanente.

A primeira vez que o presidente brasileiro fez um discurso abrindo a conferência das Nações Unidas foi em 2003, no seu primeiro mandato. Hoje ele voltou e falou:

Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destroi nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres. A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual”, disse Lula.