20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
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Marco Temporal é a arma para a ganância criminosa, com poder político

Pela ganância, invadem, desmatam, destroem a natureza, transformam para pior o ambiente climático e ainda dizem que agro é pop.

Grileiros em nome do agronegócios querem o lucro e o meio ambiente que se lixe.

A ocupação de terras ociosas está para o Movimento dos Sem Terra (MST), assim como a invasão de terras indígenas está para os grileiros e fazendeiros, homens do agronegócio.

O marco temporal aprovado nesta terça-feira, 30, na Câmara dos Deputados é a tentativa de dar aos grileiros a vantagem de se estabelecerem como proprietários de terras indígenas, sem serem incomodados.

Se houver qualquer decisão contrária da justiça, logo eclode a guerra com as acusações de “ditadura do judiciário”.

Sabem os senhores do agro, homens das commoditties, que 60% das terras indígenas no País ainda não foram regularizadas, sobretudo por que sofreram invasões.

Pra não ter dúvidas: Altino Masson, fazendeiro de Santa Catarina, é o maior grileiro do País, com mais de 11 fazendas distribuídas em 458 mil hectares (3 vezes maior que a cidade São Paulo), entre o Amazonas e o Estado do Pará, segundo a Carta Capital..

O mesmo grileiro também se apresenta como proprietário de mais 284 mil hectares no Pará e Mato Grosso. As terras são todas em áreas de preservação

Se o marco temporal vira lei será, então, o argumento para esses grileiros e grandes empresas criarem a contestação das terras ainda não demarcadas. Ou seja, dizer que são suas propriedades, sem, no entanto, terem comprado uma única gleba.

Enfim, compra lembra dinheiro. E dinheiro é o que querem sempre – e cada vez mais – os senhores que invadem, desmatam, destroem a natureza, transformam para pior o ambiente climático e ainda dizem que o agro é pop.

Mas, são essas pessoas que financiam o garimpo ilegal, ampliam o poder financeiro nas bolsas de investimentos e depois levam rios de dinheiro para os paraísos fiscais, fraudando os impostos cobrados pelo tesouro nacional.

Isso não tem nada de pop. E isso é ganância criminosa.

Lamentavelmente, com apoio político, e todos sabem o porquê.