3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Marielle Franco: Atos no Brasil e no mundo homenageiam vereadora e pedem punição

Foram realizados 20 atos no Brasil, além de em Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa, Berlim, Londres, Amsterdã e Nova York

A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes na noite de quarta (14), no Rio de Janeiro, motivou atos em todo o Brasil e em capitais de outros países nesta quinta-feira (15). Segundo estimativa do PSOL, partido da parlamentar, foram organizadas mais de 20 manifestações no país. Foram realizados atos também em Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa, Berlim, Londres, Amsterdã e Nova York.

No Rio de Janeiro, uma multidão está reunida no centro da cidade, na Cinelândia, onde prestam homenagem à vereadora e ao motorista e cobram que os responsáveis sejam punidos. Manifestantes acenderam velas na Câmara dos Vereadores e também penduraram faixas com dizeres como: “Marielle Gigante” e “Não nos calarão”.

Milhares de pessoas ocuparam no início da noite de hoje (15) o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). As seis faixas de rolamento em frente ao prédio do museu foram bloqueadas ao tráfego de carros. Discursos comovidos se alternaram a gritos de palavras de ordem como “Marielle, presente”.

Em Brasília, o ato começou às 17h e reuniu mais de 300 pessoas na Praça Zumbi dos Palmares, tradicional palco de manifestações no centro da cidade. Representantes de diversos movimentos sociais e partidos estiveram presentes para prestar homenagens, destacar a luta histórica de Marielle e cobrar apuração do crime.

A direção do PSOL avaliou a realização dos atos como uma reação importante ao crime e como um chamado para que não fique impune. A legenda vai continuar chamando novas mobilizações em parceria com outros movimentos sociais.

ONU

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) classificou como “profundamente chocante” o assassinato da vereadora Marielle Franco, num ataque a tiros na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro. Integrante da Câmara Municipal do Rio, Marielle, 38 anos, foi morta num ataque que também matou o seu motorista, Anderson Pedro Gomes, e deixou uma assessora ferida.

Em nota, a porta-voz do Escritório da ONU, Liz Throssel, lembrou que Marielle era uma defensora dos direitos humanos que atuava contra a violência policial, pelos direitos das mulheres e de afrodescendentes em áreas pobres do Rio de Janeiro.