19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Mercado frágil teme recessão nos EUA e bolsas despencam na Ásia e Europa

Preocupação com geração de empregos nos Estados Unidos e juros altos são responsáveis pelas quedas

Ações despencaram na Ásia, Oceania e Europa, junto com índices futuros das bolsas de Nova York, na madrugada desta segunda-feira (5). Frágil com qualquer imprevisto, a queda aconteceu diante do medo de uma recessão nos Estados Unidos .

O fluxo de vendas foi tão grande que os circuit breakers foram acionados em bolsas de valores por toda a Ásia:

  • No índice Nikkei 225, de Tóquio, a queda foi de 11,6% — índice não era visto desde a crise financeira global de 2011;
  • No Topix, também na capital japonesa, os papéis despencaram mais de 7%;
  • Os índices futuros das bolsas de Nova York caíram: – 3,7% na Nasdaq, – 1,8% na S&P e – 0,76% na Dow Jones;
  • No Taiwan, o índice Taiex despencou 5,7%;
  • Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,1%;
  • Na Austrália, o S&P/ASX200 recuou 1.3%;
  • Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 3,4%.
  • As ações europeias abriram em baixa: CAC 40 da França (- 2,1%), IBEX da Espanha (- 2,8%) e FTSE 100 do Reino Unido (- 1,7%).

As quedas aconteceu por causa dos juros altos que visam conter a inflação nos Estados Unidos e a divulgação de dados fracos sobre geração de empregos última sexta-feira (2).

“Aumentamos nossas probabilidades de recessão em 12 meses em 10 pontos porcentuais para 25%”, disseram analistas do Goldman Sachs em uma nota, embora achassem que o perigo era limitado pelo grande escopo que o Fed tinha para aliviar a política. Analistas do JPMorgan eram ainda mais pessimistas, atribuindo uma probabilidade de 50% a uma recessão nos EUA.

Isso tudo amplia o medo de recessão, desencadeando uma grande aversão ao risco e apostas de que as taxas de juros terão que cair de modo acentuado e rapidamente para conter a inflação. Fatores como a alta do iene e tensões no Oriente Médio também influenciaram a queda, segundo a Bloomberg.