19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ministro da Justiça diz que houve preparativos para assassinato de Lula

Os preparativos levaram o George Washington Souza a realizar treinamento de tiro de fuzil à longa distância

Flávio Dino: a ideia era dar um tiro no ato da posse em 1º de fevereiro

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, revelou nesta sexta-feira, 24,  que mensagens encontradas pela polícia sugerem que existiram “atos preparatórios” para o assassinato do presidente Lula em 1º de janeiro, o dia da posse.

Segundo ele, as mensagens para dar um “tiro no dia da posse” do presidente Lula em Brasília, foram descobertas com George Washington de Oliveira Souza, preso em dezembro após descoberta de uma bomba em um caminhão tanque no entorno do aeroporto de Brasília.

Disse ainda o ministro que George Washington “estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância”. afirmou disse Flávio Dino ao ser questionado sobre a possibilidade de Lula estar “sob uma ameaça real”.

Em mensagens encontradas pela polícia, “há um diálogo em que (George Washington) procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância”, continua o ministro na transcrição da entrevista feita pelo Estadão.

“Havia realmente atos preparatórios para a execução de um tiro que provavelmente ia ser um tiro no dia da posse” de Lula, conclui Dino.

Lula, 77 anos, venceu o então presidente Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição de outubro de 2022 por margem estreita de 50,9% contra 49,1% dos votos.

Às vésperas do Natal, uma semana antes da cerimônia de posse, um apoiador de Bolsonaro foi preso e acusado de terrorismo por colocar uma bomba -que não chegou a explodir- em um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília.

De acordo com os investigadores, o homem pretendia “iniciar o caos” e “impedir a instauração do comunismo no Brasil”.

A posse ocorreu sob forte dispositivo de segurança, mas Lula e a primeira-dama Janja desfilaram em carro aberto diante do público, como dita a tradição da cerimônia.

Uma semana depois, milhares de bolsonaristas inconformados com a vitória do petista invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes na capital federal.