3 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ministro do Desenvolvimento Regional fala de informalidade e diz que flanelinha ganha R$ 4 mil

De acordo com o IBGE, os postos de trabalho informais respondem por 54% do aumento na ocupação durante a pandemia

Durante o 93º Encontro Nacional da Indústria de Construção, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que as diferenças regionais do Brasil devem ser levadas em conta ao se analisar o avanço do trabalho informal. E citou os ganhou de um flanelinha no Rio e de um tangedor no Rio Grande do Norte.

“Um flanelinha no Leblon ganha R$ 3.000, R$ 4.000 por mês… O flanelinha! Mas alguém em Jucurutu, no interior do [Rio Grande do Norte, que trabalha] tangendo animais, ganha R$ 200. É uma realidade completamente diferente… As pessoas têm que compreender isso para poder entender o país”. Rogério Marinho.

Sua fala, nesta terça (30) aconteceu no mesmo dia em que o IBGE divulgou que, no trimestre encerrado em setembro deste ano, a taxa de informalidade subiu para 40,6% da população ocupada, com 37,709 milhões de trabalhadores atuando informalmente.

Os números representam aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 2,6 pontos percentuais frente ao mesmo período em 2020. De acordo com o IBGE, os postos de trabalho informais respondem por 54% do aumento na ocupação.

Em sua avaliação, a queda de circulação de pessoas no mundo, em 2020, por causa da pandemia, levou cada vez mais pessoas a buscar um trabalho de carteira assinada.

“Essa grande massa de pessoas que trabalhavam na informalidade, pela falta de circulação de pessoas, correu para a formalidade, por uma questão de sobrevivência”. Rogério Marinho.

IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,6% no trimestre encerrado em setembro de 2021 —recuo de 1,6 ponto percentual em comparação ao registrado no período de abril a junho (14,2%). Em relação ao terceiro semestre de 2020 (14,9%), a queda foi de 2,3 pontos percentuais.

O número de pessoas ocupadas chegou a 93 milhões, aumento de 11,4% frente ao mesmo período do ano passado e de 4% em comparação com o trimestre móvel encerrado em agosto. Mas o desemprego ainda atinge 13,5 milhões de brasileiros. As informações faz parte dos resultados da Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).