19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Ministro Renan Filho fala do Plano Nacional Ferroviário e critica gestão Bolsonaro no Roda Viva

Titular da pasta de Transpostes afirma ainda que seu partido, o MDB, não deveria disputar Presidência contra Lula

O programa Roda Viva recebeu ontem (21) o ministro dos Transportes Renan Filho, que aproveitou para antecipar que há planos para os transportes no novo PAC e respondeu sobre discrepâncias de investimentos entre rodovias e ferrovias.

O ministro explicou que o foco inicial do governo foi concluir obras em andamento e não começar novos planos. Mas, afirma que há planos para anunciar um Plano Nacional Ferroviário.

“Espero voltar ao programa para anunciar um Plano Nacional Ferroviário, que será incluído no novo PAC, justamente com a origem dos investimentos. Não adiante elencar investimentos sem a origem dos recursos. Nós vamos apresentar essa origem para um novo plano estratégico para o desenvolvimento rodoviário”.

Durante a entrevista, Renan criticou a atuação do governo Bolsonaro na área de infraestrutura do país. “Eles concluíram muita pouca obra, e eles fizeram muita pouca festa. Por isso perderam a eleição”, afirmou, lembrando que “o governo do presidente Bolsonaro investiu em quatro anos cerca de R$ 25 bilhões apenas, em transportes, com recursos públicos. Isso é metade do que o governo federal investiu em 2012″.

“Esse ano nós estamos investindo mais de três vezes mais do que investiram no ano passado”, completa. Segundo ele, o atual governo tem como objetivo, até 2035, ampliar a malha ferroviária. Atualmente, 17% do que é transportado no Brasil é pelas rodovias. Em 12 anos, o objetivo é aumentar para 40%.

Eleições

Ainda no programa, Renan Filho recomendou que seu partido, o MDB, deveria deixar de concorrer à Presidência com candidato próprio em 2026 se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentar a reeleição.

“Com certeza deve abrir mão. Eu acho que se o presidente Lula for candidato, os partidos que compõem a aliança tendem a abrir mão de candidaturas próprias. Tendem. Obviamente cada partido fará sua discussão interna. No MDB, eu defendi que nós já apoiássemos o presidente Lula no 1º turno em 2022”.

O ministro afirmou, no entanto, que não tem nada contra Simone Tebet (Planejamento), cotada para ser a candidata pela sigla. Disse que a correligionária é “um quadro muito qualificado do partido”, mas defendeu que, se Lula for candidato, os partidos montem uma frente ampla em 2026 para apoiá-lo.

Tebet foi candidata do partido em 2022 e uniu-se a Lula no 2º turno. Entorno de Renan Filho acredita que ele tem chances de ser o vice de Lula na chapa das próximas eleições.