16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Moraes diz que há provas robustas do plano de golpe orquestrado por Bolsonaro

Ministro respondeu a questionamento da OAB e disse que a PF tem as provas da execução de um golpe de Estado

 

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, aponta a existência de um amplo grupo criminoso

Há “provas robustas” indicando um planejamento para a ocorrência de um golpe de Estado no Brasil. A declaração foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O posicionamento do ministro surge em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, autorizada por ele na semana passada. Moraes enfatizou que os indícios coletados pela Polícia Federal (PF) apontam para a atuação de um “grupo criminoso” que agiu de forma “coordenada e estruturada” com o intuito de promover uma ruptura institucional.

Sua declaração foi feita em resposta ao pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) sobre sua decisão autorizando a referida operação.

“(…) A representação policial, devidamente amparada por robustos elementos de informação, indica o funcionamento de um grupo criminoso que, de forma coordenada e estruturada, atuava nitidamente para viabilizar e concretizar a decretação de medidas de ruptura institucional. A Polícia Federal aponta provas robustas de que os investigados concorreram para o processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”, afirmou o ministro em sua resposta.

Além disso, Moraes esclareceu que sua decisão não visa proibir o contato entre advogados e investigados, mas sim garantir que os advogados atuem apenas como intermediários, respeitando os limites éticos e legais estabelecidos.

O golpe contra a democracia

De acordo com o ministro os organizadores do golpe de Estado, proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão relacionados em relatório da PF.

O relatório das investigações descreve conversas por aplicativo e registros de entrada no Palácio do Alvorada como indício das participações de militares do Exército e generais, como Braga Neto, Augusto Heleno e Pazuello.e que o militar defendeu a adoção de medidas para impedir a posse do presidente Lula. Procurado, o deputado não se manifestou.