A denúncia de fraude no concurso para delegado da Polícia Civil do estado de Alagoas (PC/AL) vai ser investigada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL).
O deputado federal Delegado Fabio Costa (PP), através de ofício, encaminhou um pedido de providências ao procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, determinando que as informações fornecidas sejam analisadas pela Coordenação das Promotorias de Justiça Criminais Residuais da Capital.
As denúncias de Fabio Costa apontam uma série de tentativas de fraude no concurso que teve provas aplicadas em Alagoas no dia 9 de julho. Neste mesmo dia, a Cebraspe, organizadora do concurso, eliminou candidatos por uso de pontos eletrônicos e outros artifícios semelhantes no dia do exame, que foram flagrados com equipamentos eletrônicos no dia da aplicação das provas.
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar a denúncia.
O concurso para cerca de 15 mil inscritos oferta 100 vagas para delegado, sendo 50 para preenchimento imediato e mais 50 para formação de cadastro de reserva, com salários que ultrapassam R$ 20 mil iniciais.
A Secretaria de Planejamento de ALagoas (Seplag) encaminhou nota lembrando que nenhuma prisão foi efetuada em Alagoas por fraude e que o dia da prova foi marcado por um forte aparato de segurança.
Confira a nota da Seplag:
Em contato estreito e permanente com a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), a Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que não há registros de prisão sobre candidatos com ponto eletrônico, durante concurso para Delegado realizado no domingo (09).
Segundo informações apuradas junto à entidade de segurança, há apenas o registro de abstenções e a eliminação de 25 pessoas por porte de objetos em desacordo com o edital, como relógio digital e fones bluetooth – ato comum em dias de provas de concursos públicos.
Uma parceria entre a Seplag, a PC/AL e o Cebraspe gerou um forte aparato de segurança para o concurso de Delegado. O plano estratégico contou com a atuação de agentes, escrivães e delegados que fizeram escolta dentro e fora dos locais de prova. O processo seletivo ocorreu com a maior lisura possível.
A parceria com a Polícia Civil dispôs também dos serviços do Núcleo de Inteligência do órgão de segurança, que fez um trabalho preventivo e de coibição a qualquer tipo de ameaça à lisura do processo seletivo.
A Seplag tem trabalhado com transparência e na soma de esforços para garantir a lisura de todo o certame.