Entre 2012 e 2016, a Caixa destinou R$ 3,85 bilhões a publicidade e propaganda ao esporte nacional, enquanto que o montante reservado a patrocínios esportivos foi de aproximadamente R$ 1 bilhão, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).
Estes valores são criticado pelo superministro da Economia, Paulo Guedes, principalmente os destinados ao futebol. Dez campeonatos e 24 clubes receberam R$ 138,7 milhões no ano passado. Confederações olímpicas, o comitê paraolímpico (CPB), as duas ligas nacionais de basquete, corridas, ações sociais e “eventos de oportunidade” levaram R$ 78,8 milhões.
Caso a média de R$ 771 milhões em publicidade ao ano tenha sido mantida em 2018, então no ano passado o futebol representou apenas 17% do investimento do banco estatal em propaganda. Sozinhos, cinco clubes (Flamengo, Santos, Botafogo, Cruzeiro e Atlético-MG) ficaram com quase metade desse montante ao futebol.
Pelo que a Caixa informou em relatório de 2015, o retorno de mídia daquele ano foi aproximadamente cinco vezes o valor total investido no futebol, isso sem levar em conta a audiência da “fase final do Campeonato Brasileiro séries A e B” – nos últimos três meses do ano.
Em novembro passado, após analisarem centenas de documentos, os ministros do TCU recomendaram à Caixa e à Secom não que cancelem os patrocínios aos clubes de futebol, mas que se articulem e criem um grupo de trabalho “que seja capaz de amparar a análise sobre a adequação do valor dos contratos de patrocínio a partir da expectativa de atingimento dos objetivos da instituição financeira”.
Patrocínios pagos em 2018
- R$ 25 milhões – Flamengo
- R$ 10 milhões – Santos, Botafogo, Atlético-MG e Cruzeiro (este teve R$ 800 mil de bônus por título)
- R$ 6 milhões – Bahia, Vitória, Athletico (R$ 800 mil de bônus)
- R$ 4 milhões – América-MG e Ceará
- R$ 3,5 milhões – Paraná
- R$ 3 milhões – Coritiba
- R$ 2,8 milhões – Sport
- R$ 2,4 milhões – Fortaleza (R$ 800 mil), Atlético-GO, Goiás, Vila Nova, Avaí e Ponte Preta
- R$ 2,0 milhões – Sampaio Corrêa (R$ 400 mil) e Paysandu (R$ 300 mil)
- R$ 1,5 milhões – CRB, CSA, Londrina, Criciúma
Patrocínios a campeonatos
- Copa Verde – R$ 2 milhões
- Copa do Nordeste – R$ 3,4 milhões
- Séries B e C – R$ 2,2 milhões
- Sergipano – R$ 900 mil
- Paraibano, Potiguar e Piauiense – R$ 500 mil
- Sul-Matogrossense – R$ 400 mil
- Copa Espírito Santo – R$ 300 mil
- Rondoniense – R$ 200 mil