Covid-19 não é uma gripezinha e seu tratamento em pacientes é debilitante

Em todo Brasil, muitos relaxaram  no confinamento social, acreditando que a pandemia terminou, como se tivéssemos voltado à normalidade antes do início desta crise. Só que os casos diários continuam crescendo. Tanto de novos infectados, quando o de óbitos confirmados.

E infectar-se com o coronavírus não é um resfriado comum. Ela mata. Só ontem, em todo o Brasil, foram mais 1.374 óbitos confirmados. Em toda a pandemia, já são 52.711 pessoas. Todas acometidas pela covid-19.

Reações no corpo

Alguns dos contaminados desenvolvem febres altas, dores de garganta e forte aperto no peito. As vezes, é preciso ressuscitação mecânica para que a pessoa volte a respirar.

Fala-se de ventilação, mas não é apenas uma máscara de oxigênio colocada na boca e no nariz: é via intubação, sob anestesia geral e que consiste em permanecer por pelo menos 2 a 3 semanas sem se mover, geralmente de bruços (posição prona) com um tubo na boca até a traquéia, o que permite respirar no ritmo da máquina à qual está conectada.

O paciente não pode falar, comer ou fazer qualquer coisa naturalmente. O desconforto e a dor sentida exigem a administração de sedativos e analgésicos para garantir a tolerância ao tubo.

Durante o tempo em que o paciente precisar que a máquina respire, ele estará em coma induzido. Em 20 dias com este tratamento, um paciente jovem terá uma perda de massa muscular de 40% e a reeducação subsequente será de 6 a 12 meses, associada a trauma grave na boca ou nas cordas vocais.

É por esse motivo que os idosos ou pessoas frágeis em sua saúde não perduram. E mesmo que você não esteja no grupo de risco, todas as idades podem ser afetadas. E, ao menos, sempre conhecemos alguém que precisamos proteger. Ainda é preciso levar a sério.

Esta pandemia só termina quando a vacina for encontrada, não antes.