Quando o Ministério Público Federal (MPF), na pessoa do vice-Procurador Geral da República, Luciano Mariz Maia, decide livrar o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) da operação Lava Jato, sem que nenhum outro membro do ‘parquet’ tenha se manifestado contra, mostra tão somente que a instituição faz política, assumindo um lado.
Sem medo de errar, o lado tucano.
Alckmin foi denunciado na operação por delatores da Odebrecht por ter recebido uma propina de R$ de 10 milhões.
Mas, parece que para o MPF essa propina não é nada. Por muito menos muita gente foi presa. Mas, os presos não têm nenhuma vinculação política com o ninho do tucanato.
O ex-governador de São Paulo deixou o governo na semana passada para se candidatar a Presidência da República e, uma vez denunciado na operação, respondia a processo em segredo de justiça por ter foro privilegiado como governador de Estado.
A partir do momento que perdeu o foro, ao deixar o governo, o vice-procurador tratou de salvá-lo. Tirou o processo da Lava Jato e mandou para a Justiça Eleitoral, como se quisesse entocar um jabuti.
Se fosse processado na Operação Lava Jato, Alckmin enfrentaria uma campanha em meio a sujeira do mundo das propinas brasileiras. Mas, por ser o nome preferido da elite paulista para comandar o País a partir de 2019, alguém teria que salvá-lo.
O douto procurador o fez. Agora, Geraldo Alckmin é um homem limpo, branco, inocente. A Lava Jato? Nem chegou a ser um rio a passar em sua vida.
Uma decisão da justiça que escancarou sorrisos no famoso ninho.
E agora o colunista de O globo, Bernardo Mello Franco, diz que o procurador que salvou o governador é primo legítimo do senador do DEM, o potiguar José Agripino Maia, que vem a ser aliado e amigo-irmão do pré candidato tucano.
É assim que os sinos dobram.