
A moradora bem que tentou protestar contra a mudança para o Colégio Élio Lemos. Mas não adiantou. Seu protesto foi o mais pacífico de todos.
Como mãe, sentou à porta do barraco e passou a amamentar o bebê, diante das caras amarradas de policiais e agentes públicos.
– Não quero sair. Minha vida está toda aqui. – Disse.]
Foi convencida por amigos e vizinhos de favela, que mesmo no sofrimento, confortaram-se, enquanto as máquinas avançavam derrubando tudo.
E ela vai para o Élio Lemos. Lá a comunidade também reagiu contra a chegada deles. Mas, prevaleceu a máxima do manda quem pode e obedece quem tem juízo.
A estrutura do colégio é precária. Para melhorar, a Prefeitura contratou uma bateria de banheiros químicos. E assim seria a convivência de todos dentro da escola. Banheiros químicos…
A comunidade da Ponta Grossa, no entorno do colégio reagiu o prefeito mandou alojar o pessoal no Colégio Rui Palmeira, o outrora glorioso Municipal. Simples assim.
Agora a favela vai dar espaço a um projeto grandioso que deverá ser menina dos olhos da próxima campanha eleitoral.
Enquanto isso, nas rádios, em uma cobertura oficialesca, reberverava a bazófia da mídia oficial por razões óbvias.
Então, sorte a todos. Ao projeto, aos desalojados da favela e as autoridades que montaram tamanha operação de despejo.