A “Operação Loki 2″ foi deflagrada hoje (20), pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil de Alagoas, para desarticular uma organização criminosa que fraudava concursos públicos da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Com uma investigação que já dura 8 meses, a “Loki 2” se voltou para pessoas que captam os clientes e organizam as fraudes. Na operação, foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, como celulares e notebooks.
A ação ficou dividida em dois núcleos: no estado de Alagoas, onde ficou centrada nas cidades de Maceió, Joaquim Gomes, Colônia Leopoldina e Arapiraca e em Pernambuco, nas cidades de Recife, São Lourenço da Mata, Toritama e Limoeiro.
Contra os crimes ocorridos nos estados de Alagoas e Pernambuco, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Na primeira fase, deflagrada em outubro de 2021, 77 pessoas em Alagoas e outros três estados foram indiciadas no inquérito.
Naquela fase, foram alvos os criminosos que integravam a quadrilha e os concurseiros que compraram os gabaritos com o objetivo de conseguir aprovação de forma ilegal.
Esquema
A organização criminosa tinha um esquema de hierarquia, com o líder definindo os valores a serem pagos pelo candidato, além das pessoas que se inscreviam nos concursos para obterem e fotografarem as provas.
Ainda havia os que forneciam os equipamentos, com pontos eletrônicos e cartões magnéticos, para fazer as respostas chegar aos candidatos.
A Polícia Civil de Alagoas contou com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Na execução da operação, foram empregados cerca de 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães dos Estados de Alagoas e Pernambuco.