Os 15 dias de prazo solicitados pelo deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) para dizer se será ou não candidato ao governo do Estado, em oposição ao governador Renan Filho (MDB), já se passaram.
Cunha, pressionado pelos “orfãos de Rui”, ainda matura para sentir o tamanho da responsabilidade que querem lhe colocar sobre os ombros.
No cenário atual, sabe bem que é remar contra a maré. No caso aqui chega a ser um Tsunami, graças a incompetência da oposição de não ter construído um caminho capaz de entrar no processo eleitoral em condições mais competitivas.
A cobrança que se faz sobre o jovem promissor Rodrigo Cunha é tão somente pelos interesses de líderes políticos que disputam as eleições proporcionais e até para o Senado. Esses, mais do que nunca, precisam de um palanque com um razoável discurso para atrair a atenção do eleitorado. Não é nem do voto.
Isso mesmo. Precisam da atenção do eleitorado para dar a satisfação de que fizeram oposição. O voto, sabem todos, é um mero detalhe. Esse vem em verso e prosa, mas sobretudo como cantou filho de dona Canô, na base “da força da grana que ergue e destrói coisas belas”.
Bela pode ser a carreira política de Rodrigo Cunha. Mas, certamente, não pelo açodamento de desesperados que o querem como bucha de canhão para um tiro com pólvora molhada.
Os líderes da “oposição” são eles – e somente eles – os responsáveis pela situação de incerteza. Navegaram bem antes nas promessas vãs, no improviso, no deslumbramento de tantos com o poder e esqueceram de pensar e planejar enquanto grupo político capaz de voos mais altos.
Hoje se percebe quem nem poderiam. As ilhas do entorno e as vaidades costumeiras tornaram-se superior a qualquer ideia de planejamento do futuro político.
Agora há muita gente chorando o leite derramado à espera de um santo salvador. Ou seja, que Rodrigo Cunha opere o milagre pretendido.
É preciso reza forte. Quem sabe, a oração de São Francisco…