4 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Os supermercados do País e os seguranças que torturam e matam

São os “guardas da esquina” estimulados a prática da violência

Jovem morto no Rio de Janeiro após gravata de segurança

O estado de necessidade vai aumentando no País e a fome se alastra, em meio a uma onda de retrocessos que vão gerando fatos cada vez mais abomináveis, dia a dia.

A história de um garoto adolescente que foi surrado e torturado, nas dependências de um supermercado em São Paulo, pelo fato de ter furtado uma barra de chocolate, é apenas um sintoma do que estamos a viver nesse mundo onde o capitalismo rentista se impõe como o Deus do mercado.

De repente aparece outro caso.  Um homem foi espancado e torturado com choque elétrico por seguranças do supermercado Extra Morumbi, na capital paulista. Ele fora acusado de roubar um pedaço de carne no estabelecimento. Os seguranças o torturam, bateram-no em uma sala de fundos e, como no caso anterior, gravaram as cenas criminosas.

Tudo isso é próprio de um estado policialesco, onde o guarda da esquina se sente estimulado a praticar arbitrariedades por que alguém, em determinado momento, lhe disse que agora o papo é outro.

Assim tem sido. Para a alegria e festa de mentes atrofiadas que se julgam no direito de agredir, torturar, esganar e até matar.

Afinal, um jovem drogadito também foi morto, após receber uma “gravata” de um outro segurança de mais uma loja do Extra, em fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro.

Em meio a toda essa degeneração humana, fiquei a imaginar o que teria acontecido com um jovem negro que, meses atrás, também pegou um chocolate no supermercado Unicompra, na Ponta Verde, em Maceió, e, ao chegar no fim da escada rolante foi levado por seguranças a uma sala de fundos, no estacionamento da empresa.

Fiquei só a imaginar. Apenas isso.