Já cresce na Câmara Municipal os focos de insatisfações da bancada governista com o prefeito Rui Palmeira (PSDB) . Neste inicio de ano eleitoral, a bancada cobra uma fatia maior de participação em nome do declarado e aberto apoio à governabilidade, como ocorre normalmente nas casas legislativas de todo lugar.
Mas, o problema é que a máquina está parando e a alegação é a crise financeira. Os vereadores concordaram com a volta dos pardais que, no passado, foi configurada como uma fantástica fonte de receita e que ajudou – e muito – edis e candidatos em suas campanhas eleitorais. Seja pela participação real e até mesmo pela facilidade de abonar as multas lavradas pelas máquinas distribuidas na cidade. Há uma expectativa de que essa velha alternativa seja o socorro das horas de sufoco.
Os pardais entram em operação nesta segunda quinzena de fevereiro. Se o retorno não for líquido e certo o prefeito de Maceió vai ter problemas com alguns vereadores, até que consiga uma outra alternativa para acalmar os ânimos.
A questão é que elas estão escasseando. As obras, em nome da crise, estão cada vez mais raras. O débito da Prefeitura de mais de R$ 48 milhões com a Viva Ambiental e a Limpel, empresas responsáveis pela coleta e tratamento do lixo de Maceió, tem gerado um mar de lixo nas ruas, terrenos baldios e praças da cidade. Enquanto empresas elas sempre apadrinharam candidatos nessa época.
Dinheiro é a matéria prima para a vereança fazer o trabalho na base em busca do voto. Manter o cadastro eleitoral tem um custo considerável e esse custo, normalmente, não sai do bolso do vereador ou de um candidato de potencial eleitoral elevado. Alguém banca e esse alguém está sempre ligado ao entorno do poder executivo, para fazer cumprir o rito do “é dando que se recebe” em todas as instâncias.
O líder do prefeito, vereador Eduardo Canuto, tem tido um trabalho gigantesco para segurar a moçada, sempre na expectativa de que as alternativas de se garantir o quinhão de cada um estão sendo trablhadas.
Mas, um outro componente que ameaça a rebelião da bancada do prefeito Rui Palmeira é o ciúme dos concorrentes que estão no governo. O maior grau da ciumeira está na pré-candidatura do superintendente da Sima, Ib Breda, que já se notabilizou como o candidato de Rui. Breda administra um empresa que nunca enfrentou problemas financeiros, pelo contrário. E lá, se depender de dinheiro, elege um ou mais vereadores.
Depois de Breda vêm as candidaturas de Davi Maia, do Meio Ambiente, e Tácio Melo Silveira, da SMTT, o homem que propôs a volta dos pardais para aumentar o faturamento.
E os pardais podem ser novas galinhas de ovos de ouro dessas eleições