20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Pandemia ainda não acabou: Nova variante na Europa faz especialistas se preocuparem

Alemanha e Áustria registraram número de casos recorde e outros países apresentam alta constantes de casos

Pela primeira vez desde janeiro, a média móvel de mortes causadas pela Covid-19 no Brasil ficou abaixo de 400 – atingindo 388 nesta terça-feira (15).

Com estados tornando facultativo uso de máscaras e afrouxando outras medidas, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já conversa com líderes dos poderes para rebaixar a pandemia em endemia.

Leia mais: Queiroga discute com presidentes dos poderes sobre pandemia ser rebaixada para endemia

Mas ainda não acabou.

Passados dois anos de uma nova realidade, com restrições por causa do novo coronavírus, novas ondas sempre surgiram após um relativo controle de enfermidades e óbitos. Seja por medidas de distanciamento ou vacinação, eventualmente, surge uma nova variante.

A da vez agora é a BA.2, que vem dominando o território europeu e seria responsável por uma alta de internações. Especialistas dizem que ela é mais contagiosa que a cepa original.

E como no Brasil as ondas chegam aqui meses depois da Europa, cientistas já temem uma piora no cenário. Ainda mais com estados e municípios abrindo mão do uso de máscaras, de forma obrigatória.

Se por aqui há controle do contágio, Alemanha e Áustria registraram, na semana passada, número de casos recorde. No Reino Unido, já são duas semanas seguidas de alta de casos. Já na França, na última semana, o total subiu 19,8%. Na Itália, 29,2%.

No Brasil, a BA.2 já foi identificada em pelo menos quatros estados (São Paulo, Rio, Goiás e Santa Catarina), segundo o painel de variantes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). E infelizmente, ela está se espalhando mais rápido que a Ômicron.

O temor, claro, é que a subvariante causr uma doença mais grave, assim como a variante delta. “Ela escapa da imunidade das vacinas para a infecção, mas felizmente parece que temos proteção contra casos graves e óbitos”, diz Ligia Kerr, epidemiologista e vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

E com pessoas mais suscetíveis a se reinfectar com essa nova subvariante, a conclusão é óbvia: quem comemorou, fez isso cedo demais. E infelizmente ainda naõ chegamos no ponto de abandonar todas as medidas de proteção contra o vírus.