19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Pastor diz que Silas Malafaia e Valadão são mensageiros de Satanás

Pastor disse que não foi a marcha em São Paulo por que seria mais fácil encontrar Jesus na Parada do que no evento que leva seu nome

 

Pastor Hermes Fernandes na defesa do movimento LGBTQA+, na conferência Jesus Hope

O pastor evangélico Hermes Carvalho Fernandes afirmou que os colegas de ofício André Valadão e Silas Malafaia são “mensageiros de Satanás”.

Fernandes acusa os dois colegas religiosos de propagarem o ódio contra gays, lésbicas, bissexuais, trans e outros grupos sob o guarda-chuva da diversidade sexual e de gênero.

Ele falou na conferência Jesus Hope. O evento teve como mote “A igreja e as pessoas LGBTQIA+” e foi organizado pela Igreja Betesda, de credenciais progressistas, às vésperas da Parada do Orgulho LGBT+.

Durante sua pregação no evento Jesus Hope, Fernandes justificou por que não foi a marcha para Jesus em São Paulo, realizada um dia antes: -Até porque, com certeza, seria mais fácil encontrá-lo na Parada (gay) do que na marcha que leva o seu nome”, diz.

“A homossexualidade não é um espinho na carne”, pregou, na sexta, 9, Fernandes. A verdadeira chaga para o homossexual, continuou, “não é o desejo, é a homofobia, porque esse mundo está cheio de mensageiros de Satanás”.

Ele avisou, na sequência, que daria “nome aos bois” e pôs na berlinda os dois líderes evangélicos. No comando da Igreja Batista Lagoinha Global, Valadão começou na semana passada uma campanha contra a causa celebrada em junho: “Deus odeia o orgulho”. Malafaia também tem histórico nesse departamento -em 2010, por exemplo, espalhou centenas de outdoors pelo Rio para dizer, “em favor da família e preservação da espécie humana”, que “Deus fez macho e fêmea”.

Fernandes menciona o espinho na carne do apóstolo Paulo, que a Bíblia narra como um tormento que Deus não removeu. Um lembrete para que permanecesse humilde e temente a Deus.

Pastor da Reina, também uma igreja mais associada ao progressismo, ele criticou essa “gente subindo ao púlpito não para pegar o amor, a graça, mas para pregar ódio”.

Justificou em seguida por que nomeou Valadão e Malafaia: “Porque senão o mundo pensa que a gente é tudo farinha do mesmo saco. Não é, não. Aqui tem um povo que preferiu abraçar o Evangelho do amor, o Evangelho que não condena. Dentro do segmento há um grupo que não se dobra diante desse ódio”