O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quarta-feira, 14, um imposto de base ampla que incida sobre as transações digitais, nos moldes da extinta CPMF.
Segundo ele, os bancos já cobram uma CPMF hoje. “A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é que mais subsidia e paga todos os economistas brasileiros para dar consultoria contra esse imposto, mas a Febraban está fazendo isso porque quer beber água onde os bancos bebem”, disse o ministro.
A proposta enfrenta resistência no Congresso, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava presente no evento em que Guedes proferiu a declaração.
O novo imposto seria usado para compensar a desoneração da folha de pagamentos. O tributo, em um alíquota de 0,2%, seria uma contrapartida ao fim da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários.
“Nós estamos juntos nessa reforma tributária, é só uma a questão de quanta briga você consegue comprar. O presidente da Câmara talvez consiga comprar mais, porque ele consegue aprovar mais coisa. Mas eu não consigo ir contra estados, municípios, contra todo mundo, então eu tenho que me limitar a cobrar o imposto federal ali. Mas nós estamos juntos na busca de ampliação da base e de unificação”, disse o ministro. (Flávia Said)