A pulverização de votos prevista para o processo eleitoral deste ano vai tirar do prumo muita gente que pensa, sonha e tem como certa a eleição para deputado estadual, por exemplo.
E essa pulverização tem como fator principal a Câmara Municipal de Maceió. Isso mesmo. É que antes os vereadores costumavam ser os cabos eleitorais dos candidatos à uma vaga na Assembleia Legislativa. Cabos eleitorais muito bem pagos, graças ao know how adquirido nas disputas de financiamentos fartos, com direito a montagem de cadastros em toda a periferia da capital.
Mas, hoje, muitos deles são protagonistas nesta corrida por uma vaga no Legislativo Estadual. As informações são de que dos 21 vereadores de Maceió pelo menos 10 são candidatos a deputado.
Cada um deles domina uma área da cidade. E sabem o quanto custa o voto para eles e o quanto custaria para trabalhar esse voto em benefício de terceiro.
Se a onda das abstenções for de fato concretizada, a periferia vai dominar a cena eleitoral votando exatamente, em sua maioria, no rastro da força da grana que tem o poder mágico de eleger em nome de Deus e do Diabo.
Assim, em tempos de ausência total de lideranças políticas, de falta de confiabilidade nas instituições e nos partidos político, da generalizada falta de caráter, o que vem pela frente é tão somente a guerra pelo voto.
Ou algo assim: Diz-me quanto custa e eu te direi quanto pago pelo teu voto.