Virou uma novela sem graça que pode acabar sem final feliz, a história do piso nacional da enfermagem, que agora depende da justiça para ser definitivamente implantado.
A lei estabelece o valor mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.
Só que a viabilidade da implementação do piso nacional está sendo questionada tanto por gestores do setor público quanto do setor privado.
Há uma reação em cadeia de secretários de saúde nos Estados e municípios que temem a insuficiência de recursos reservados no Orçamento da União para financiar o aumento dos salários..
Sem falar de hospitais e clínicas privadas que não atendem majoritariamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), os quais não terão auxílio para custear o aumento de despesas.
Diante disso, surgiram as demandas judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF). Tanto que o julgamento que liberou o pagamento, em decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, agora foi suspenso com o pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes.
O lobby político contra melhores salários para enfermeiros, técnicos e auxiliares é muito forte.
Resta saber como terminará tudo isso no mundo cada vez mais injusto.