3 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
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Pode morrer Yanomami à vontade: o que interessa aos ricos do mercado é ouro e offshore

Brasil tem a maior taxa de juros do mundo, como interessa a Campos Neto e Paulo Guedes, homens de offsores no mercado

Ministros de ||Bolsonaro, Paulo Guedes e Campos Neto (BC) são donos de offshores em paraísos fiscais.

Está mais que provado que os senhores do mercado financeiro não querem saber – até por que não gostam – da democracia.

Democracia é um regime que deve ter a preocupação em proteger todo e qualquer cidadão, seja rico ou pobre, dentro da legalidade constitucional.

E eis a questão: De pobre os senhores do mercado não gostam desde a escravidão.

Os senhores do mercado só cuidam dos seus interesses.

Sejam na especulação financeira, imobiliária, agronegócios ou do ouro do garimpo (legal ou ilegal), independentemente da forma de consegui-lo.

O mercado quer o que rende para os seus, não importa como.

E aí não é por outra razão que o Brasil tem na atualidade a maior taxa de juros do mundo.

Por isso os senhores do mercado acumulam riquezas e criam suas offshores nos paraísos fiscais pelo mundo afora, onde não pagam impostos e vivem de rendimentos livres, sem incômodos do fisco.

O presidente do Banco Central brasileiro, senhor Roberto Campos Neto, é um deles.

Campos Neto é dono de três offshores, nas Bahamas e nas Ilhas Virgens Britânicas.  Enquanto seu amigo, Paulo Guedes, ex-ministro da Economia de Bolsonaro, tem US$ 9,5 milhões nas Ilhas Virgens Britânicas.

Na vida deles não se fala de pobres e sim de juros altos, haja o que houver, sofra quem quiser.

Ou seja, o pobre que se exploda. Pra não dizer palavra à toa.

Os do mercado servem aos próprios interesses. E por isso mesmo são eternos defensores da sonhada e conquistada autonomia do Banco Central.

Drama social, genocídio Yanomami, mortos da Covid-19, água potável para sertanejo nordestino ou farmácia popular para quem depende do SUS, para eles é insignificante. Nesta caso, o pensamento da turma é único: Vão tomar naquele lugar…

Pense.

O que importa são juros altos com Selic e tudo. Ganham eles. Por isso, repito: O Brasil hoje tem a maior taxa de juros do mundo.

 

Veja o mapa

Assim se movem. Assim eles não aceitam contestação por que ganham juntos e faturam muito.

Para esses senhores não interessa se há gente com fome nas ruas e calçadas.

No País polarizado e absorvido pela idiotia política, muitos são instrumentos dessa causa sem responsabilidade social.

Muitos são frutos da má fé constante dos instrumentistas do caos, que em nome da ideologia tosca conduzem aloprados até mesmo para o terrorismo.

O 8 de janeiro demonstrou isso, claramente. Uma gente violenta, golpista e sem noção do que é viver no regime democrático.

E aí quando o presidente Lula reclama dos juros altos do Banco Central, eis que o mundo desaba. E desaba atiçado pelos atores do mercado.

Só que não se viu o mundo desabar no governo passado quando a própria Fazenda Nacional registrou – e a Fundação Getúlio Vargas gravou – que de 2019 a 2022, o governo gastou acima do teto R$ 794,9 bilhões.

Em síntese: Um rombo no teto que ultrapassou todos os limites das contas e alimentou os juros, bem à conveniência dos senhores desse mercado.

Enfim, quando governo atual reclama da alta dos juros, logo “o mercado” reage com os pés nos peitos de quem fala. As razões são óbvias.  Ou não?

Agora, sabe aquelas crianças Yanomami que morreram esqueléticas, famintas, desnutridas? Nada disso interessa aos senhores da riqueza, que brigam contra a redução dos juros.

Afinal, o que interessa mesmo a eles é o ouro que reluz daqui para offshores.