Em depoimento à justiça eleitoral do Paraná, o senador Sérgio Moro (UB) mentiu diante da corte, segundo informações do próprio partido que aceitou acordo para pagar R$ 2,6 milhões do calote dado a uma produtora de vídeo.
Com isso a situação de Moro, ex-juiz federal, piorou ainda mais no processo de cassação que ele responde junto ao tribunal paranaense.
O acordo do Podemos foi firmado no dia 7 de dezembro, mesmo dia em que Moro depôs na Justiça Eleitoral. No documento, o Podemos diz que vai arcar com o pagamento do contrato fechado “pelos trabalhos realizados em favor da Comissão Executiva Nacional do partido e do então pré-candidato à Presidência da República”, que era Sérgio Moro.
De acordo com o processo, o ex-juiz não teria incluído em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral os valores gastos com a pré-campanha, extrapolando o teto estabelecido para a campanha de senador no Paraná, que é de R$4,4 milhões.
“Em atitudes que se estendem desde a filiação de Moro ao Podemos até sua candidatura ao Senado pelo Paraná, pelo União Brasil, há indícios de que o investigado utilizou de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022, independentemente do cargo em disputa”, diz um trecho de uma das representações.
Moro em seu depoimento disse à Justiça que sua candidatura a presidente não deu certo por que “desistiram de mim”.