Como se a realidade já não fosse suficiente, houve ainda quem quisesse criar pânico e desinformação no caso do Pinheiro. Mas após investigações, a Polícia Civil já tem dois suspeitos de divulgar fake news, sobre a situação do bairro de Maceió que está afundando. O delegado que investiga o caso, Thiago Prado, já identificou até um deles.
Esta dupla comete contravenção penal, pode ser presas e condenadas a pegar até seis meses de prisão, além de responder civilmente por dano moral.
O Ministério Público Estadual encaminhou ofício à Delegacia Especial de Investigação e Captura (Deic) solicitando a investigação destas fake news, para responsabilizar, civil e criminalmente, os responsáveis pelos factoides mentirosos.
A Defesa Civil de Maceió e demais órgãos estaduais e federais envolvidos nas ações do bairro do Pinheiro, enquanto atuam em apoio ao Serviço Geológico do Brasil nos estudos que buscam identificar as causas do surgimento de fissuras em vias públicas e imóveis, precisam ao mesmo tempo lidar com informações falsas divulgadas por meio de redes sociais que têm causando pânico nos moradores.
Acessando o site pinheiro.al.gov.br, a população se informa diretamente com a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e do Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), com notícias e atualizações que reúnem orientações oficiais para a população.
Calamidade
Após publicação no Diário Oficial de Maceió (Nº. 8.699, 25/03/2019), desta terça (26), o prefeito Rui Palmeira decretou Estado de Calamidade Pública nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro em decorrência do agravamento das fissuras em imóveis e vias públicas nestas regiões.
O decreto considera as fissuras no bairro do Pinheiro, os estudos geológicos da CPRM que indicam uma piorada da situação e a evolução das fissuras que provocaram danos em imóveis, muitos já evacuados, mais o parecer da Defesa Civil.
O decreto havia sido anunciado ao procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, durante reunião no sábado passado, na sede do órgão ministerial, no bairro do Poço.
O gestor foi até Brasília para reuniões no Governo Federal para discutir a situação dos bairros e quais medidas devem ser adotadas em assistência à pulação por meio dos órgãos ministeriais, a exemplo do Ministério de Desenvolvimento Regional.