A Lava Jato tende a virar um partido político. Pelo menos se depende de agentes da Polícia Federal, que estão a flanar na popularidade da Operação e já manifestam o interesse em disputar cargos políticos nas próximas eleições.
Pelo menos 33 agentes da Polícia Federal já confirmaram suas pré-candidaturas nas eleições deste ano. Entre eles, 21 tentarão se eleger pela primeira vez e 7 buscarão mudar de cargo. Outros 5 tentarão a reeleição.
Em outubro serão realizadas as primeiras eleições gerais desde a deflagração da 7ª fase da Operação Lava Jato, em novembro de 2014. Foi quando foram presos executivos das maiores empreiteiras do Brasil e ex-diretores da Petrobras, o que tornou público o maior escândalo de corrupção do país.
Os agentes pré-candidatos disputarão, a princípio, cargos no Legislativo. Serão candidaturas a deputados federais e estaduais e ao Senado, conforme revela o repórter Renan Melo Xavier, do Poder360.
A maioria dos agentes federais disputará as eleições pelo PSL (Partido Social Liberal), do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (RJ).
A seguir, leia como as candidaturas estão distribuídas:
As entidades sindicais dos policiais têm trabalhado na organização das candidatura deles. A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) têm orientado os pré-candidatos. A expectativa é de que eles possam criar no Congresso a “bancada da Lava Jato”.
Entre os candidatos de maior destaque está o agente Nilton Ishii, o Japonês da Federal, que, inclusive foi denunciado por envolvimento com corrupção dentro da corporação. Acabou aposentado. O Japonês filiou-se ao Patriota e hoje preside o diretório regional do Paraná. O nome dele tem sido cogitado para a Câmara Federal. (com poder360.com)