4 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Prefeitos de 7 capitais cancelam o reveillon com medo do Ômicron

As festas foram canceladas em Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, São Luís, João Pessoa e Palmas.

Prefeitos de capitais começam a cancelar reveillon por causa da nova variante do vírus da Covid-19

Diante da nova onda de Covid que surge no mundo com a variante do vírus, batizado de Ômicron pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sete capitais já cancelaram a festa de réveillon: Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Fortaleza, São Luís, João Pessoa e Palmas. Aqui em Maceió, a Prefeitura Municipal ainda não se pronunciou.

Enquanto prefeitos se preocupam com um novo possível avanço da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, procurou passar tranquilidade. Ele disse que a ômicron não é uma variante de “desespero” e indicou que vê o Brasil mais preparado para uma “eventual” nova onda.

“Há três dias, foi anunciada uma nova variante, a variante ômicron. Eu falei, é uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero. Não é uma variante de desespero, porque nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade a nossa população”, disse Queiroga, durante solenidade para compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, em Salvador. Queiroga ainda destacou o preparo do sistema de saúde em relação à doença. “Nós reforçamos a capacidade dos nossos hospitais.

Segundo o ministro, o número de leitos de UTI no País foi duplicado. Além disso afirma que  se houver uma eventual terceira onda, “teremos uma condição muito melhor de assistir a nossa população”.

Prefeitos penam diferente de Queiroga

Enquanto o ministro não vê o ômicron como um virus de desespero, os prefeitos das capitais pensam muito diferente. Tanto que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), foi o primeiro a desconsiderar a avaliação do ministro e cancelar o reveillon na capital baiana.

Segundo ele, em função de tudo que está acontecendo não é o momento de colocar em risco “o que construímos até aqui, sempre colocando a vida das pessoas em primeiro lugar”

O médico infectologista Julival Ribeiro alerta que o Brasil precisa monitorar intensamente a entrada da cepa no país, pois compreender o nível de gravidade da ômicron levará “desde dias a várias semanas”. Ele não vê segurança na realização de festas e comemorações, como o réveillon. “Devemos nos manter calmos, além de continuar vacinando e adotando as medidas preventivas. Desaconselho aglomerações e festas”, finalizou.