16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Presidente do Senado acusa ‘erro grave’ do congresso que aprovou fundo eleitoral de quase R$ 5 bi

A proposta foi do relator do orçamento, deputado Luiz Carlos Mota, do PL de São Paulo. O partido dele vai ter a maior parte dos recursos

Senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado da República. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, criticou o valor de quase R$ 5 bilhões para o fundo eleitoral do pleito municipal do ano que vem.

Segundo Pacheco, é um “erro grave” do Congresso elevar os valores e diz não ver “critério” nos números apresentados.

No texto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), o fundo de campanha receberá R$ 4,9 bilhões de investimentos, valor muito superior aos R$ 900 bilhões sugeridos pelo Palácio do Planalto.

A dotação ainda é mais que o dobro do fundo das eleições de 2020, quando foram disponibilizados cerca de R$ 2 bilhões para a campanha.

“Acho que o valor não tem critério. Ele [o relator] pegou parâmetros de uma eleição geral em 2022. O fundo eleitoral com base em 2022 para as eleições municipais é um erro grave do Congresso. As pessoas não compreenderão. Porque em 2020, numa mesma eleição municipal, foi R$ 2 bi?”, declarou em conversa com jornalistas.

O relator citado por Pacheco, que propôs o aumento astronômico do fundo eleitoral é o deputado bolsonarista Luiz Carlos Mota (PL-SP). O partido dele vai receber a maior parte dos recursos do fundo.

Rodrigo Pacheco defendeu um fundo de R$ 2,6 bilhões para as eleições do ano que vem, mas os congressistas aprovaram quase R$ 5 bilhões.