20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Esportes

Procuradoria do STJD pede suspensão preventiva de 8 jogadores

Seis desses jogadores foram acusados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se tornaram réus na Justiça

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) apresentou um pedido de suspensão preventiva para os oito jogadores investigados na segunda fase da operação Penalidade Máxima. O presidente do tribunal, Otávio Noronha, está analisando a solicitação.

Seis desses jogadores foram acusados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se tornaram réus na Justiça, sob a acusação de envolvimento em um esquema de manipulação de partidas de futebol.

O pedido de suspensão preventiva é por 30 dias e envolve os seguintes jogadores: Eduardo Bauermann (Santos), Moraes (Aparecidense, ex-Juventude), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Náutico, ex-Juventude), Igor Cariús (Sport, ex-Cuiabá), Matheus Gomes (Sergipe), Fernando Neto (São Bernardo, ex-Operário-PR) e Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino).

Kevin Lomónaco e Moraes fizeram um acordo com o MP e não foram formalmente acusados na Justiça comum, pois se tornaram testemunhas e admitiram sua participação. No entanto, eles foram incluídos no pedido de suspensão preventiva feito pela Procuradoria do STJD.

De acordo com a investigação, os jogadores mencionados combinavam com apostadores para receber cartões amarelos ou vermelhos durante as partidas.

“O pedido de suspensão preventiva é porque já temos as provas suficientes enviadas pelo Ministério Público para poder requerer isso. Se deferido pelo presidente, do tribunal, os jogadores ficam suspensos por 30 dias. Após isso, o processo vai para julgamento”.

A denúncia contra os jogadores perante a Justiça Desportiva está relacionada a eventos ocorridos em competições nacionais, como as Séries A e B, e foi feita com base nos artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Esses artigos preveem punições para aqueles que agem deliberadamente para prejudicar a equipe que defendem e também agem de forma contrária à ética desportiva para influenciar o resultado de uma partida, prova ou equivalente.

Os jogadores que, de acordo com a denúncia do MP, atuaram para manipular eventos em campeonatos estaduais não estão sendo abordados nas ações atuais do STJD, uma vez que esses torneios estão sob jurisdição dos tribunais estaduais (TJDs).