Por Dyego Barros
As cenas de violência vistas dentro e fora de São Januário na noite de quinta (22), após a derrota do Vasco da Gama para o Goiás, devem custar caro ao clube da Colina, que ocupa a vice-lanterna do Brasileirão, com apenas 6 pontos somados dos 33 já disputados na competição, e vive uma crise profunda, que resultou na demissão do técnico Maurício Barbieri.
Após o novo tropeço do cruzmaltino, integrantes de organizadas causaram tumulto nas arquibancadas e, a exemplo do que havia acontecido na Vila Belmiro um dia antes, no clássico Santos e Corinthians, arremessaram bombas na direção dos jogadores. Do lado de fora do estádio, mais confusão: acionada para conter os ânimos, a PM do Rio de Janeiro optou por reprimir quem circulava nos arredores de SJ. Um agente da corporação chegou a efetuar disparos contra os vascaínos presentes no local. Em nota, a polícia afirmou ter instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias do fato.
Na súmula da partida, o árbitro Jean Pierre Gonçalves relatou uma séria de problemas. Além das cenas captadas pela transmissão do Premiere, o juiz registrou que o carro usado para o transporte da arbitragem foi danificado. Profissionais que atuavam no VAR também passaram por momentos de apuros e precisaram sair às pressas da cabine onde trabalhavam, devido ao clima hostil.
Com a apreciação dos episódios de selvageria agendada para a tarde desta sexta (23), no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), tudo indica que o Vasco receberá a mesma punição dos santistas, que jogarão sem torcida, inclusive nas partidas em o time do litoral paulista for visitante, pelos próximos 30 dias.