8 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Reajuste de 12% parcelados até 2022 é rejeitado por militares

Governo lamenta e categoria está ciente que redução de abordagens, flagrantes, apreensões e prisões durante as negociações podem aumentar criminalidade

Os militares rejeitaram a nova proposta do Governo de Alagoas, de reajuste de 12% parcelados até 2022, em assembleia nesta segunda (7). Se reuninaod em grande número em frente ao Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió, policiais e bombeiros reiteram que aceitam conversar, em caso de nova proposta que divida o reajuste do salário em dois anos.

Na proposta recusada, o Estado aceitaria pagar os 12%, com 5% em 2019, outros 5% em 2020, 1% em 2021 e o outro 1% em 2022. Os militares insistem em negociar pelo pagamento do percentual em duas vezes, sendo 6% em 2019 e os outros 6% em 2020.

Durante esta negociação, que vem se arrastando há semanas, houve uma redução no número de ações realizadas pelos militares. Abordagens, flagrantes, apreensões e prisões diminuíram, embora a categoria afirme estar agindo dentro da lei.

Mas o tom já é de ameaça ao estarem cientes de que é “questão de tempo para aumentar os casos de criminalidade”, como disse a coronel Camila Paiva, presidente da Associação dos Bombeiros Militares.

A assembleia contou com cerca de 2 mil pessoas, entre militares da capital e de municípios do interior que vieram em ônibus para Maceió.

Seplag lamenta

A Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) emitiu uma nota, no fim da tarde. Confira a nota na íntegra:

O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tem procurado resolver todos os pleitos das associações militares alagoanas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.

Além de lamentar a decisão de recusar a proposta dada pelo governo e esclarecer que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, a Seplag reforça que está aberta para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública.

A pasta ressalta ainda que não se nega a receber a categoria, uma vez que a Mesa de Negociação é o instrumento pelo qual o Estado se utiliza para discutir, em comum acordo, todas as tratativas que envolvam o funcionalismo público estadual.