20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Recorde de inadimplência coloca 65 milhões de brasileiros com nomes sujos

Brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos últimos aumentos das taxas de juros e dos preços dos alimentos.

Pesquisa revela que 65 milhões de brasileiros estão inadimplentes

Um levantamento da  Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) diz que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,05%) estavam negativados em outubro, o equivalente

Os números revelam um novo recorde da série histórica da pesquisa, que há oito é realizada no País.

De acordo com a pesquisa, no último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,24% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“O brasileiro ainda sente no bolso os efeitos dos últimos aumentos das taxas de juros e dos preços dos alimentos. Apesar de a inflação ter diminuído, no dia a dia isso ainda não é sentido nos produtos de consumo básico, que seguem aumentando. Esse cenário impacta diretamente no orçamento familiar”, observou o presidente da CNDL, José César da Costa.

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a um ano. O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em outubro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,92%): são 16,07 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa.

Já o valor médio da dívida de cada consumidor negativado, em outubro, foi de R$ 3.694,06. Cada inadimplente devia, em média, para 1,98 empresas credoras.

Portanto, houve uma evolução das dívidas com o setor de bancos, que aumentou 31,82%, seguido de água e luz, com 14,39%. A inadimplência também segue bem distribuída entre os sexos, sendo 50,85% mulheres e 49,15% homens.