Após divulgação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (22), está autorizado pelo governador Renan Filho (MDB) a convocação dos candidatos da reserva técnica, para o cargo de Soldado Combatente, do concurso de fevereiro de 2006. Desde então os candidatos esperavam pela nomeação, realizando protestos.
A decisão acontece após, no ano passado, o Tribunal de Justiça de Alagoas determinar que o governo do Estado realizasse a nomeação dos mesmo. Esta fora uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), com decisão favorável no STF.
Em fevereiro, na formação de quase mil PMs, o governador afirmou que vai seguir tratando a Segurança Pública como prioridade e promoverá concursos públicos anuais e investirá ainda mais em infraestrutura.
Decreto do desarmamento
Ainda no tema de segurança, o Governo Federal revisar pontos polêmicos do decreto do presidente Jair Bolsonaro facilitando a compra de armamentos no Brasil, criticado pelo governador Renan Filho nesta semana. O decreto original permitia a aquisição de fuzis por qualquer cidadão
Renan Filho foi um dos 14 governadores brasileiros que assinaram uma carta aberta contra as alterações feitas no Estatuto do Desarmamento, divulgada na terça-feira (21), via decreto presidencial, apontando os riscos de aumento da criminalidade a partir da venda indiscriminada de armas no país. Para ele, falta diálogo:
“Está faltando diálogo com a sociedade, com o Congresso Nacional, com o Judiciário, diálogo com aqueles que têm um projeto para o país, diálogo com o setor produtivo. A política é importante, mas antes da política vem o diálogo. Não há política sem diálogo. Muitas vezes, o Governo Federal erra porque tem certeza de que está no caminho correto e, arrogantemente, abre mão de ouvir os outros. Eu acho que até pode ser discutida a questão das armas mas, do jeito que o decreto foi feito, ele é muito danoso para a sociedade. Ele deveria ser melhor discutido. Menos do que cumprir somente uma promessa de campanha, saber se aquele é o melhor caminho para o país”. Renan Filho, governador de Alagoas.
Em entrevistas, Renan Filho foi contundente sobre a ampliação do acesso às armas prevista no primeiro decreto:
“Não é só a liberação. É pior. É a liberação indiscriminada. Por meio do decreto do presidente da República, até um fuzil o cidadão vai poder comprar. Ora, para que o cidadão vai querer um fuzil? Para defender a própria vida, a própria propriedade? Certamente não. Isso vai facilitar que esse fuzil chegue na mão de bandidos”. Renan Filho.