Os desafios do governador Renan Filho (MDB) para o segundo mandato serão gigantescos. O cenário político, a partir de janeiro, mudará radicalmente e, não apenas ele, como os demais governadores do Nordeste tendem a passar por dificuldades.
Primeiro por que a nova equipe de governo no plano federal não nutre simpatia alguma pela terra nordestina, nem pela maioria dos seus políticos.
O sintoma disso tudo veio na própria composição da equipe de Jair Bolsonaro, quando políticos e técnicos da região foram rifados no primeiro escalão. O Nordeste ficou sem ministro.
Segundo, além da conjuntura econômica e dos ajustes que se anunciam, é importante destacar que os governadores do Nordeste impuseram nas urnas uma derrota estrondosa ao presidente eleito. E o homem já deixou transparecer que não perdoa.
A Renan Filho e seus demais colegas nordestinos não restará opção a não ser atuar em bloco em nome da região. Estimular uma unidade de bancada parlamentar – apesar dos interesses partidários difusos – para pressionar em defesa das agendas comuns a todos.
Um alento para o governador alagoano seria exatamente se o senador Renan Calheiros (MDB) conseguisse chegar, mais uma vez, à presidência do Senado. Aí a correlação de forças com o Planalto seria outra, com toda certeza. Essa não é uma missão impossível, mas dificílima na nova conjuntura política.
Mas, no entanto, Renan Filho não chora as pitangas. Sabe das dificuldades mas aposta no seu talento, juventude e determinação para continuar o bom trabalho que fez no primeiro governo.
Tanto é assim que ele não deixou por menos em seu perfil no Twitter, na postagem que fez: