Alguma coisa está determinantemente fora da ordem, cá entre nós.
Imagine que os feirantes do Mercado da Produção – que tem mais cara de pocilga do que lugar de negócios – são surpreendidos com o corte da energia elétrica por absoluta falta de pagamento.
Veja lá a sensação de impotência e desânimo dos feirantes diante de um caso de responsabilidade total da Prefeitura de Maceió. Agora pense no tamanho do descaso permitir que a situação chegasse a esse ponto.
Enfim, sem energia o mercado não poderia ficar. A Prefeitura correu para pagar sua conta, como qualquer devedor faria, e a energia foi religada.
Feio não é? Pois tem mais.
Muito mais feio ficou para o Estado. E em dose dupla.
Isso por que a Ceal cortou a energia do ambulatório da Maternidade Escola Santa Mônica, no Poço, e a Casal cortou o abastecimento de água. O atendimento a gestantes no local foi suspenso.
Os dois casos remontam a uma tristeza sem igual. Mas, além disso, retrata a falta de gestão em dois órgãos públicos que deveriam ser tratados com mais respeito pelos gestores.
Que Rui Palmeira (PSDB) e Renan Filho (MDB), respectivamente prefeito de Maceió e governador de Alagoas, cobrem a quem de direito a responsabilidade devida.
Caso contrário, cobrem a si mesmos.