19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

“Se passar PL das Fake News, talvez esse seja meu ultimo mandato”, diz Eduardo Bolsonaro

Filho do ex-presidente afirma que projeto de lei é ‘narrativa e que esquerda tenta ‘atacar’ redes sociais

Durante as discussões sobre a votação do Projeto de Lei das Fake News na Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou em entrevista à Itatiaia nesta terça-feira (2) que, se o projeto for aprovado, esse poderá ser seu último mandato. Eduardo argumenta que o projeto de lei é uma “narrativa” do governo federal para “atacar” as redes sociais.

O deputado tem pressionado contra a votação do Projeto de Lei 2630, que está na pauta da Câmara dos Deputados. Eduardo alega que a argumentação do governo, de que o projeto ajudaria a coibir a disseminação de notícias falsas e auxiliaria no combate ao crime gestado dentro das plataformas digitais, é falsa e que há outras alternativas para reduzir a criminalidade.

Eduardo se opõe ao projeto de lei e afirma que ele não foi solicitado pela sociedade, sugerindo outras pautas para proteger as crianças, como o combate ao desencarceramento. Além disso, ele argumenta que, quanto mais tempo o criminoso estiver na prisão, menos tempo terá para delinquir na sociedade.

Mentiras nas redes

O apoio ao Projeto de Lei das Fake News ganhou força por parte do governo federal após a recente onda de ameaças e ataques a escolas, especialmente depois que um homem invadiu uma creche e matou quatro crianças em Blumenau (SC) e um aluno esfaqueou uma professora em São Paulo.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que os ataques estavam sendo gestados nas plataformas digitais e que as empresas deveriam se responsabilizar em retirar conteúdos que propagassem discurso de ódio e incentivassem esse tipo de ataque.

No caso de São Paulo, por exemplo, o adolescente que matou a professora compartilhou fotos com armas e disse que realizaria o ataque na instituição de ensino.

Porém, Eduardo Bolsonaro acredita que a rede social é um “meio” para o cometimento de crimes, mas que a solução seria manter um funcionário armado dentro das escolas. Ele argumenta que a internet pode ser o meio, mas que controlar tudo o que se fala seria caminhar para um regime controlador, como o da China.