7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Servidores de Maceió paralisam atividades

Categoria rejeitou proposta de 2,95% da Prefeitura e cruza os braços até nova reunião nesta terça

Após semanas de negociações com a Prefeitura de Maceió, os servidores da capital rejeitaram nova proposta apresentada pelo governo Rui Palmeira. Com isso, eles suspenderam suas atividades até nova reunião, marcada para a tarde desta terça.

Nesta segunda, os servidores municipais de Maceió rejeitaram proposta de reposição salarial de 2,95%, sem pagamento de retroativo e a Secretaria Municipal de Gestão receberá uma nova rodada de negociações.

Da última vez, o secretário Municipal de Gestão, Reinaldo Braga, anunciou a proposta de reajuste de 1,85%.  Este ano, até o momento, apenas oito capitais conseguiram oferecer reajuste, e os percentuais não passaram de 3%, conforme aponta levantamento feito nos portais desses municípios: Recife (1,81%), Fortaleza (2,95%), Teresina (3%), Belém (3%), Palmas (2,07%), Vitória (3%), Florianópolis (2%) e Boa Vista (2,95%).

Outro lado

De acordo com Sidney Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maceió (Sindspref), a desvalorização do servidor público é ressaltada a cada negociação que tem por fim 0% de reajuste. A categoria prevê a reposição salarial de 15,41% referente aos anos de 2015, 2016 e 2017.

“O prefeito Rui Palmeira alega que está acima do limite da LRF, mas nós sabemos que Maceió ainda está bem abaixo, o que permitiria o reajuste que reivindicamos. Afinal, estamos com os salários defasados desde 2015”, argumentou ele, lembrando que mensalmente gasta-se mais de oito milhões de reais com terceirizados.

Greve em 2017

Em novembro de 2017, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) declarou ilegal a greve promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Maceió (Sindspref) em junho deste ano. A decisão, proferida nessa terça-feira (21), teve como relator o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto.

Os servidores de Maceió deflagraram greve no dia 22 de junho deste ano. A categoria pleiteava reajuste salarial de 16,09%. No mesmo dia, a Justiça concedeu liminar favorável ao Município e determinou o retorno da categoria ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil.